Because Music is My Life: novembro 2010

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Muse - Black Holes and Revelations (2006)



Tem bandas que a gente faz um pré-julgamento, antes mesmo de ouvir; já considera uma porcaria, supervalorizada e lixo, mas nunca se deu ao trabalho de ouvir um álbum todo. É, acontece muito disso, com quase todo mundo. Esse é o meu caso com o Muse.

Eu sempre achei que o Muse era só uma daquelas bandinhas populares que todo mundo gosta... mais uma daquela leva de bandas do tipo "MTV", que faz sucesso pela marotice das letras. Isso sem nunca ter sequer ouvido uma música deles direito. Apesar de sempre ter curiosidade com o som dos caras.

Bom, esses dias eu resolvi sair dessa situação e ouvir algo deles. Então, eu fui até a página do last.fm do Muse e pedi recomendações, partindo do fato que eles se dizem influenciados pelo prog setentista. Aí um cara muito legal me recomendou alguns álbuns, entre eles, esse Black Holes and Revelations, o quarto álbum da banda. Pronto, agora não tinha mais desculpa para não ouvir os caras.

No primeiro play do álbum, eu já senti que ia ter que refazer o meu conceito dos caras. E tive que dar o braço a torcer de que a banda era boa, muito boa. Mistura várias influências, desde batidas com toques eletrônicos até riffs mais encorpados direto dos anos 70, mesmo.

Esse álbum é recheado de músicas boas para relaxar e curtir. Destaco duas, Exo-Politics (com o seu refrão extremamente grudento, e que bom que é assim), e, a música que para mim é o ponto alto do álbum, Knights of Cydonia, que começa com um riff simplesmente sensacional... ela é excelente em todos os pontos, a linha de baixo bem feita, a bateria pulsante... enfim, baixem.

Se você tiver o mesmo pensamento que eu tinha no começo do post, é uma boa hora para colocar ele abaixo.

Tracklist:
1. "Take a Bow"
2. "Starlight"
3. "Supermassive Black Hole"
4. "Map of the Problematique"
5. "Soldier’s Poem"
6. "Invincible"
7. "Assassin" 1
8. "Exo-Politics"
9. "City of Delusion"
10. "Hoodoo"
11. "Knights of Cydonia"

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Death - Discografia


O que falar do Death? É uma das bandas mais importantes da história do metal, e certamente uma das melhores e maiores da história do death metal. Liderada pelo guitarrista e vocalista Chuck Schuldiner, foi uma das bandas pioneiras do death metal, e ao mesmo tempo uma das bandas mais criativas, tendo inovado o próprio gênero que ajudou a definir, quando o mesmo estava em decadência.

Foi formada em 1983, com o nome de Mantas, fazia um som calçado em bandas como Venom e Slayer. Naquela época, a maneira de divulgar o som de uma banda era através de fitas demo trocadas aqui e ali, e foi assim que o Mantas conseguiu divulgar o seu som e crescer um pouco. Em 1984, através da demo Death by Metal, ja era uma das bandas de metal mais promissoras dos EUA.

Apesar disso, o Mantas acabou em 1984, por causa de discussões entre Chuck e os demais integrantes (naquele momento, Rick Rozz, guitarra, e Barney Lee, bateria). O que durou pouco, pois eles se reconciliaram e voltaram com a banda, agora nomeada Death.

Sob o nome de Death, eles fizeram mais algumas demos, dando mais projeção para a banda e fazendo com que ela conseguisse o devido respeito dentro da cena. O que culminou no seu álbum de estréia, Scream Bloody Gore, de 1987. Considerado um dos primeiros álbuns de death metal gravados, recebeu ótimos reviews de revistas e foi muito bem recebido. Era um álbum dos mais brutais possíveis para a época, mesclando a velocidade e a violência típicas do death metal.

O próximo álbum, Leprosy, de 1988, continuava a mesma fórmula do álbum de estréia, porém adcionando um pouco mais de técnica, dada a evolução constante do Chuck como guitarrista. Rick Rozz foi demitido em 1989, antes das gravações do próximo álbum, Spiritual Healing, de 1990. Esse álbum pode se considerar como uma transição: apesar de ainda ser pesado como os anteriores, ele mostrava um Death mais complexo, com arranjos mais trabalhados. É um meio termo do que estava por vir.

Um fato curioso é que no meio da tour desse álbum, em 1990, o Chuck desistiu dela na hora de ir para a Europa, temendo pela desorganização igual a das tour anteriores. Então o resto da banda decice continuar sem ele, colocando 2 roadies no lugar, um como guitarrista e outro como vocalista. O Chuck obviamente ficou puto da vida e foi para a justiça. Resultado: todo mundo demitido, e o Chuck começou a trabalhar só com músicos de sessão, dali em diante.

O próximo álbum, Human, de 1991, mostrava uma banda completamente diferente. Deixando os temas gore e a brutalidade um pouco de lado, agora mostrava arranjos absurdamente complexos e temas que exploram mais o cotidiano e a alma. Mostrou a evolução de uma banda dentro do estilo que ela ajudou a criar. Esse álbum conta com o Sean Reinert e o Paul Masvidal, do Cynic. Se quiser fazer um exercício de imaginação e raciocínio, justo com a ajuda desses dois o Death começou a mostrar uma veia mais complexa, assim como o Cynic. É considerado um dos melhores álbuns do Death, além de ser o mais vendido.

Em 1993, veio outra obra-prima, Individual Thought Patterns. Seguindo o caminho aberto pelo Human, mostra uma técnica incrível, além de letras excelentes, arranjos... tudo perfeito. É o álbum preferido desse que vos fala. :D

Em 1995, surge Symbolic, considerado junto com o Human, o melhor álbum do Death, sucesso de crítica e público. E em 1998, surge a última peça da discografia da banda, The Sound of Perseverance, que mostra um Death completamente experimental e técnico, com menos elementos death que os anteriores, mas igualmente ótimo. O fato é que o Death não têm álbuns fracos; todos são, no mínimo, ótimos.

Ainda em 1998, Chuck estava a compor músicas para outro projeto, voltado para o metal progressivo, chamado Control Denided. No que ele lançou o primeiro álbum desse projeto, ele foi diagnosticado com um tumor no cérebro. Uma notícia absurdamente impactante.

Como a operação era caríssima, e ele não tinha como arcar com as despesas, foram feitas várias doações, de fãs e amigos (é, para quem diz que metaleiro é tudo malvado e burro, isso é uma bela resposta). E também, dois álbuns ao vivo foram lançados, de gravações anteriores, para arrecadar fundos.

Invariavelmente, Chuck faleceu em 2001, deixando um vazio absoluto na cena. Mas deixando um excelente legado. :D

Vou deixar para download a disco completa de estudio + os 2 albuns ao vivo + 2 demos ainda sob o nome Mantas.

Download (pasta do mediafire): link

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cynic - Discografia


A banda Cynic foi formada em novembro de 1987 pelo guitarrista Paul Masvidal e pelo baterista Sean Reinert. Para completar a formação, Mark Van Erp (que depois integraria o Monstrosity) foi chamado para tocar baixo, juntamente com um amigo para comandar os vocais. Pouco depois, o guitarrista Jason Gobel integrou-se à banda, fazendo do Cynic um quinteto. Esta formação da banda estava com uma única idéia em sua mente: tocar um death metal brutal e violento, muito influenciado por bandas como Venom, Possessed, Kreator e Destruction.

Em 1988 Mark e o antigo vocal deixaram a banda, deixando espaço para que o baixista Tony Choy assumisse o posto de Van Erp e para que o mentor Paul pudesse fazer os vocais. Este transformou a Cynic num quarteto, que permaneceu intacto até 1991.

Sua primeira demo foi lançada em 1989, contendo músicas com elementos de speed/thrash metal, até mesmo punk. Logo depois a segunda demo foi lançada (em 1990). A banda conseguiu muito sucesso com esta demo, graças às turnês constantes pela Flórida. Nessa época, as influências da banda já começavam a sofrer mudanças. Suas habilidades estavam progredindo, forçando-os a ouvir um som mais técnico como jazz e fusion.

No início de 1991, a banda Cynic estava fazendo um death/speed metal progressivo, embora os músicos não a considerassem death. As músicas possuíam a técnica do speed metal progressivo e a brutalidade e “guturalidade” do death metal. No mesmo ano sua terceira demo foi lançada, financiada pela Roadrunner. Esta possuía três faixas, duas das quais integrariam o CD de estréia em versões drasticamente diferentes.

Em abril de 1991 Paul e Sean tocaram no álbum Human da banda de Chuck Schuldiner, Death, juntamente com Steve DiGiorgio da banda Sadus. O resultado foi um álbum clássico, que levou a banda Death a aparecer na MTV. Ao mesmo tempo, Tony Choy trabalhava nas gravações do álbum “Unquestionable Presence” da banda Atheist. Estas participações engrandeceram a Cynic, que foi descrita pela Roadrunner como “a mais famosa banda de underground que nunca gravou um álbum”.

Os membros da Cynic estavam planejando o lançamento de um álbum pela Roadrunner, juntamente com uma turnê com o Death. Por alguma razão, isto não aconteceu. Eles acabaram saindo em turnê com Chuck Schuldiner sem gravar o álbum.

As gravações do primeiro álbum estavam marcadas para outubro de 1992. Infelizmente, o furacão Andrew destruiu a casa de Jason, onde estava todo o material da banda. Este acontecimento também adiou a gravação do álbum “Individual Thought Patterns” da banda Death, já que a primeira opção para baterista de Chuck era Sean. Nessa época, a Cynic estava com Brian Neffe nos vocais. Também nessa época, a primeira música da banda foi lançada em CD. “Uriboric Forms” entrou em sua versão demo para uma compilação da gravadora Roadunner entitulada “Death’s Door II”. Uma curiosidade: no encarte desta compilação, haviam os dizeres “O álbum de estréia da banda Cynic sairá em maio de 1993”…

Maio de 1993 chegou e passou e nenhum álbum deu as caras. Tony Choy deixou a banda após tornar-se baixista oficial do Atheist, o que fez com que a banda tivesse que se virar para arranjar um substituto. Após inúmeras tentativas, eles escolheram Sean Malone para o posto. Finalmente o álbum de estréia foi lançado, sob o nome de “Focus”, em setembro de 1993. Com quase dois anos do lançamento de sua última demo, o som da banda estava muito mudado, diferente de tudo o que havia na época.

Após o lançamento de “Focus”, a banda Cynic saiu numa turnê européia juntamente com a banda Pestilence. Por causa dos trabalhos de escola, Sean não pôde acompanhar a banda. Então Chris Kringle tomou seu lugar. A turnê foi curta, já que a banda Pestilence se dissolveu. O Cynic entao retornou aos Estados Unidos e fez alguns shows na Flórida. Nessa época, eles adicionaram um quinto membro, o vocalista Tony Teengarden. Tony já havia realizado este trabalho no Cynic durante as gravações de “Focus”, já que Paul estava com medo de perder a voz. Tony realizou as partes de teclado também.

Pouco depois, saíram em turnê pelos Estado Unidos, juntamente com a banda Cannibal Corpse. Esta turnê durou 3 meses e grande parte do país pôde ver o seu trabalho ao vivo. Durante esta turnê, Teengarden abandonou a banda, deixando o posto para Dana Cosley.

Após a turnê americana, a banda começou a trabalhar num novo álbum. Mas durante as gravações Sean Malone abandonou a banda, alegando “diferenças de estilo”. A saída de Sean, aliada a outros desentendimentos dentro da banda levaram à sua dissolução.

Após mais de dez anos, os integrantes resolveram se juntar novamente e fazer turnês, até porque havia a certeza de que todos, desde os mais velhos até os mais novos, gostariam de conhecer ou rever ao vivo a lenda viva Cynic. Quinze anos depois foi lançado um novo album chamado “Traced in Air”, que aliado à grande fama que o retorno da banda gerou, foi um grande sucesso, apesar de estar muito diferente do grande preferido Focus. O novo album integra traços mais progressivos e melódicos, mas sem deixar os belissimos solos e riffs rápidos do Focus de lado.

Em 2010, o Cynic lançou um EP chamado Re-Traced, que nada mais é do que releituras de 3 músicas do Traced in Air, somadas a uma música nova. Esse EP mostra um Cynic mais experimental, e talvez mostre o rumo que a banda está seguindo para o próximo álbum, anunciado para 2011: um som mais calçado na melancolia e melodias do Traced in Air, em detrimento dos resquícios de death metal vistos no Focus.